quinta-feira, 16 de agosto de 2012


AULA 03 - Provas da existência de Deus III

          Prece Inicial
          Primeiro momento: contar uma história que fale dos sinais de Deus, sugerimos uma das duas citadas abaixo, retirada do site: www.momento.com.br.
1- O universo é um grande pensamento
          No dia 23 de novembro de 1793, em discurso na Catedral de Notre Dame, em pleno coração de Paris, diante de muitas pessoas, um cientista proclamou a desnecessidade de Deus e, de forma desdenhosa, entronizou a deusa razão.
          Pensadores acreditavam, naqueles dias, que Deus era totalmente dispensável. Para a Humanidade, bastavam a razão e o bom senso para que tudo se explicasse de maneira satisfatória.
          E porque a ousadia do homem não tivesse limites, ordenou-se que fossem apagados todos os sinais de Deus, que se julgava fossem os templos religiosos.
          Num final de tarde, quando os destruidores chegaram para colocar por terra as paredes de uma das igrejas, se depararam com o velho jardineiro que cuidava das flores.
          Ao vê-los chegar, perguntou curioso por que estavam ali com tantas ferramentas.
          Um dos indivíduos lhe respondeu com ousadia: ”Viemos aqui para apagar, de vez, os sinais de Deus da face da Terra”.
          O jardineiro, olhou admirado para o grupo e perguntou:
          “E onde estão as escadas?”
          O rapaz, um tanto inquieto, retrucou: “Mas para que precisamos de escadas?”
          O jardineiro complementou: “Se vocês querem apagar os sinais de Deus precisarão de uma escada. E de uma escada muito longa, a fim de que possam apagar as estrelas.”
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          Muitos homens, quando adentram o campo das ciências sem entendê-las em profundidade, tornam-se ateus, por acreditarem que descobriram todos os mistérios do Universo.
          Já os homens que penetram profundamente as Ciências com humildade e vontade entendem os mecanismos que regem a vida, reconhecem a necessidade lógica da existência de uma inteligência que em tudo pensa e a tudo coordena no Universo.
          Um conceituado biólogo escreveu um livro fantástico que intitulou: “O homem não está só”. Nesse livro, cita vários motivos pelos quais ele crê em Deus.
          Um deles é o fato de a distância que medeia entre o Sol e a Terra estar matematicamente calculada, o que não poderia ser obra do acaso.
          Se o Sol não estivesse a 150 milhões de quilômetros da Terra, mas apenas a metade dessa distância, não haveria possibilidade de vida porque as altas temperaturas a tudo aniquilariam.
          E se a distância fosse 50% a mais, a vida também seria impossível devido à falta de luz e calor.
          Se o movimento de rotação da Terra não tivesse sido calculado de forma eficiente, e ao invés de 1.600 quilômetros por hora, fosse 10 vezes menor, os dias e as noites teriam 120 horas e a vida seria impossível.
          O calor dos dias, a sombra e o gelo das noites, ambos longos demais, a tudo aniquilariam.
          Se os meteoros, que caem diariamente, não fossem ralados pela atmosfera, que tem 60 quilômetros, a vida na Terra seria impossível, pois os incêndios fariam tudo arder.
          Esses, entre outros tantos exemplos, provam que tudo está matematicamente calculado.
          Há uma Inteligência Suprema por trás de cada fenômeno da natureza. e é a essa Inteligência que chamamos Deus.
          Na grande marcha progressiva do homem, houve um tempo em que os cientistas acreditavam que o Universo era uma grande máquina.
          Após apuradas pesquisas nas áreas da Astrofísica, da Biologia, da Embriogenia entre outras, os homens chegaram à conclusão de que o Universo é um grande pensamento.
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          Não há efeito sem causa. Procuremos a causa de tudo o que não é obra do homem e a razão nos responderá.
          O Universo existe e tem uma causa. Duvidar dessa causa, que é Deus, é admitir que há efeito sem causa e aceitar que o nada pôde fazer alguma coisa.
 Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base na questão 4 de O Livro dos Eespíritos, de Allan Kardec, ed. FEB

2 - Sussurro de Deus
          Conta-se que um amigo levou um índio para passear no centro de uma grande cidade. Seus olhos não conseguiam crer na altura dos edifícios e ele mal conseguia acompanhar o ritmo frenético das pessoas indo e vindo.
          Espantava-se com o barulho ensurdecedor das sirenes, dos automóveis e das pessoas falando em voz alta.
          De repente, o índio falou: “ouço um grilo...”
          O amigo espantado retrucou: “impossível ouvir um inseto tão pequeno nesta confusão!”
          O índio insistiu que ouvia o cricrilar de um grilo. Tomou seu amigo pela mão e levou-o até um canteiro de plantas. Afastando as folhas, apontou para o pequeno inseto.
          Como? Perguntou o rapaz, ainda sem crer.
          O índio pediu-lhe algumas moedas e jogou-as na calçada. Quando elas caíram e se ouviu o tilintar do metal, muita gente se voltou.
          Então o índio falou: “escutei o grilo porque os meus ouvidos estão acostumados com esse tipo de barulho. As pessoas aqui ouvem o dinheiro caindo no chão porque foram condicionadas a reagir a esse tipo de estímulo.”
          Depois arrematou: “a gente ouve o que está acostumado ou treinado para ouvir.”
          É importante fazer algumas reflexões sobre os ensinos que essa pequena história contém.
          Vivemos mergulhados numa infinidade de ruídos, de barulhos estranhos, num mundo em que grande parte das pessoas só responde ao estímulo de um tilintar de moedas.
          É preciso adestrar nossa audição para ouvir os mínimos sussurros que passam despercebidos no dia-a-dia agitado.
          Poderíamos dizer que, se tivéssemos ouvidos bem treinados poderíamos ouvir os sussurros de Deus.
          Nesse mundo barulhento deixamos de ouvir sons de profunda beleza, como a melodia suave da brisa da manhã ou a sonoridade encantadora do bater das asas de um beija-flor.
          Em meio a tantos interesses materialistas, a homenagem que as velhas e frondosas árvores rendem a cada amanhecer, com a cantoria da sua folhagem, não nos sensibiliza a audição.
          O ritmo frenético em que vivemos não nos permite ouvir a cantoria dos pássaros, o coaxar das rãs, o piar da coruja solitária que busca refúgio nos grandes centros.
          É preciso treinar a audição mas também desenvolver outras sensibilidades que por vezes parecem amortecidas.
          Deixar que o nosso coração se enterneça diante do apelo silencioso de uma criança sem lar...
          Do soluço abafado de alguém que perambula sem esperança...
          De um pedido de socorro que não chega a vibrar nas cordas vocais...
          Do gemido quase mudo que vem do leito de dor da casa vizinha...
          Enfim, é preciso preparar todos os sentidos para que possamos ter olhos de ver e ouvidos de ouvir. Mas, acima de tudo, um coração para sentir...
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          Ao abrir os olhos a cada manhã que se inicia, preste atenção em tudo o que Deus pretende lhe mostrar nesse dia.
          Aguce os ouvidos para ouvir tudo o que Deus quer que você ouça.
          Mas para que você possa bem cumprir os deveres que Deus lhe confia em mais este dia, é preciso alertar também a razão e deixar que o seu coração se sensibilize.
          Afinal, para ouvir e sentir os sussurros de Deus, é necessário predispor-se com coragem e disposição e muita grandeza d’alma.
Redação do Momento Espírita, baseado em história de autoria desconhecida.
          Segundo momento: conversar acerca da história, lembrando que poucas vezes paramos para apreciar a obra de Deus. Para que possamos observar, valorizar e agradecer tudo o que Deus criou precisamos estar atentos ao mundo em que vivemos. Estamos rodeados da obra divina (os sinais da existência de Deus), basta que atentemos para a beleza da natureza, dos mundos, do Universo.
         Terceiro momento: pedir que desenhem uma parte da criação divina, um sinal de Deus. Enquanto os evangelizandos realizam a atividade, pode ser colocada uma música de fundo, que fale da beleza da criação e/ou do amor de Deus. Sugerimos o CD Cancioneiro Espírita – Volume 3 – música 17 – Tudo é belo na natureza. Essa e outras músicas espíritas podem ser baixadas gratuitamente no site do Cancioneiro: www.cancioneiro.com.br.
         Quarto momento: cada evangelizando irá mostrar ou dizer o que desenhou, comentando/explicando por que consideram o que desenharam como um sinal da obra e do amor de Deus (não foi criado pelo homem, não poderia ter sido criado pelo ser humano).
         Obs.: ao final, o evangelizador poderá mostrar gravuras/desenhos coloridos ou um PPS com coisas que Deus criou. Enquanto mostra as figuras deve comentar as cores, as formas, a beleza, a diversidade e a perfeição da obra divina, fazendo-os pensar na grandeza e bondade do Criador de todas essas coisas.
         Quinto momento: perguntar se toda a criação de Deus poderia ser obra do acaso? Por quê? Não há efeito sem causa. Tudo que existe tem um Criador, se não é obra do homem, é obra de uma inteligência maior. Deus é invisível, mas sua presença é evidente por suas obras. Só Deus pode criar, mas nós podemos valorizar a sua obra. Deus cria o tempo, nós o valorizamos. Deus cria a natureza, os animais, e nós devemos respeitar e valorizar, Deus criou a água e o ar e nós devemos cuidar, não despediçando, não poluindo. Devemos cuidar de tudo que Deus, em sua infinita sabedoria e bondade, criou.
         Sexto momento: explicar que, segundo o físico Einstein, a probabilidade de que o Universo seja obra do acaso é a mesma de que da explosão de uma tipografia (gráfica) se formasse uma biblioteca toda organizada. A Terra está localizada exatamente no lugar na Via-Láctea que proporciona que ela seja habitada.
         Sétimo momento: cada evangelizando deve escrever, na folha em que desenhou a frase EU ACREDITO EM DEUS PORQUE... completando-a com suas ideias. No momento seguinte, deve passar o seu desenho para o colega da sua direita, para que ele escreva na folha do colega a sua resposta para a frase. Ao final, todos terão a resposta de todos, em sua folha, multiplicando o conhecimento.
         Oitavo momento: pedir que cada evangelizando pense (sem falar) em alguém que eles amam muito. Perguntar se ajudam aquela pessoa quando ela precisa, se ouvem suas queixas e dificuldades, se desejam que ela seja feliz, se fazem coisas boas (o bem) a ela. Explicar que Deus, que é todo bondade e amor, nos ama, a cada um de um modo especial, muito mais que eles amam a pessoa que pensaram. Ressaltar que Deus existe e nos ama. Ele criou o Universo, o Mundo Material e o Mundo Espiritual. Deus é nosso Pai, e nos ama MUITO.
         Subsídios ao evangelizador.

O amor de Deus

          O amor divino se expressa em todo o Universo.
          Sua presença está na leve brisa que acaricia as pétalas de uma flor, e nos vendavais que agitam ondas imensas nos oceanos.
          Está no tênue sussurro da criança e também nas estrondosas explosões solares.
          Está presente na luz singela do vaga-lume, que quebra a escuridão das noites silenciosas do sertão, e nas estrelas de primeira grandeza, engastadas na imensidão dos espaços siderais.
          O amor divino está na florzinha singela, que espalha aroma em pequenos canteiros, e nas miríades de mundos que enfeitam galáxias nos jardins dos céus...
          Os passarinhos que saltitam nos prados, cantam nos ramos e alimentam seus filhotes, dão mostras do amor de Deus.
          As ondas agitadas que arrebentam nas praias, tanto quanto o filete de água cristalina que canta por entre as rochas, falam do amor de Deus.
          A fera que ruge na selva e os astros que giram na amplidão enaltecem o amor divino, enquanto falam dessa cadeia que une os seres e as coisas no universo infinito.
          No andar pesado do elefante e no vôo leve e gracioso do beija-flor, expressa-se o amor de Deus.
          Da ferocidade da leoa em busca do alimento, à dedicação do pingüim chocando os ovos, percebe-se o amor divino.
          Da leviandade do chupim, que bota seus ovos em ninho alheio, à operosidade e engenharia do joão-de-barro, notamos a presença do amor de Deus.
          Nos insetos nocivos tanto quanto no exemplo de trabalho comunitário das abelhas, cupins e formigas, percebemos o amor divino.
          No instinto de sobrevivência de homens, animais e plantas, está presente o amor de Deus.
          Na minúscula semente que traz no íntimo o código genético de sua espécie, está contemplado o amor do Criador.
          A destreza instintiva do pássaro tecelão, a graciosidade da borboleta, a habilidade inconteste dos reflorestadores alados, falam do amor de Deus.
          A criança que sorri, inocente e feliz no regaço materno, e a que chora triste, sem rumo e sem lar, são a presença do Criador no mundo, com acenos de esperança.
          O homem sábio, que emprega seus conhecimentos nos serviços do bem, e aquele que se enobrece no trabalho rude da lavoura, apresentam o amor de Deus, elevando a vida.
          Até mesmo nas tempestades que destroem nossas flores de ilusão, vemos o convite do Criador para que plantemos em solo firme de felicidade perene.
          O ar que respiramos é dádiva do amor celeste...
          O amor que trazemos na alma, é herança do Criador da vida...
          A esperança que alimentamos é ânfora de luz nutrindo a vida com a chama do amor de Deus.
          Por fim, não há espaço algum no universo, onde não pulse o amor de Deus.
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          Na inquietude dos delinqüentes, o amor divino se faz atento...
          Na dor dos aflitos, o amor de Deus é afago...
          Na inocência da criança, o amor divino se mostra...
          Na mansuetude dos sábios, o amor de Deus é quietude.
          Na harmonia do universo, o amor do Criador repousa...
          No coração de quem ama, o amor de Deus se realiza.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita. www.momento.com.br.
         Prece de encerramento


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